Difícil realidade ou falácias sobre a real influência do homem no aquecimento global?


O Debate Sobre o Aquecimento Global: A Visão de Ricardo Felício, Luiz Carlos Molion e Seus Pares Internacionais

Introdução

O debate sobre as mudanças climáticas e o papel do ser humano nesse processo tornou-se uma das maiores controvérsias científicas e políticas do século XXI. A chamada teoria do aquecimento global antropogênico (AGA) — que sustenta que o aumento da temperatura média da Terra é causado principalmente pelas emissões humanas de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa — tem sido promovida por organismos internacionais, ONGs, políticos e por boa parte da grande mídia. No entanto, nem toda a comunidade científica está de acordo com essa narrativa. Diversos climatologistas e cientistas de áreas correlatas levantaram críticas contundentes à validade dessa teoria, questionando tanto a metodologia quanto as premissas utilizadas para justificar políticas públicas e econômicas de impacto global.

Dentre esses dissidentes estão o climatologista brasileiro Luiz Carlos Molion e o professor Ricardo Felício, ambos conhecidos no Brasil por sua postura crítica às teorias do aquecimento global de origem humana. Suas visões encontram eco em renomados cientistas internacionais como Richard Lindzen, Freeman Dyson, Patrick Michaels, John Christy e outros nomes de peso que compartilham ceticismo quanto à narrativa dominante sobre o clima.

Este texto visa apresentar os principais argumentos desses pesquisadores, desmistificar conceitos como o “efeito estufa causado pelo CO₂” e oferecer ao leitor uma visão alternativa baseada em dados empíricos, observações e questionamentos científicos legítimos.


Quem são Ricardo Felício e Luiz Carlos Molion?

Ricardo Felício

Ricardo Felício é professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), com foco em climatologia. Ele ganhou notoriedade por sua postura enfática contra a teoria do aquecimento global antropogênico. Felício é crítico do que chama de “indústria do aquecimento global” e argumenta que o discurso sobre mudanças climáticas é utilizado como ferramenta de controle político, econômico e social.

Em diversas entrevistas, palestras e audiências públicas, Felício contesta a própria existência do “efeito estufa” tal como é apresentado pela mídia e por instituições como o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão ligado à ONU.

Segundo Felício, a Terra é um sistema dinâmico complexo, e o clima é determinado por uma infinidade de fatores, incluindo radiação solar, variações orbitais, atividade vulcânica, circulação atmosférica e oceânica — sendo a influência humana, na melhor das hipóteses, mínima.

Luiz Carlos Molion

Luiz Carlos Baldicero Molion é meteorologista, físico e doutor em climatologia pela Universidade de Wisconsin (EUA), com pós-doutorado na NASA. Foi representante do Brasil na Organização Meteorológica Mundial (OMM) e professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Molion tem uma postura crítica, porém mais moderada do que Felício. Ele não nega que o clima esteja mudando, mas discorda veementemente de que o CO₂ seja o principal responsável por essa mudança. Em vez disso, defende que os ciclos naturais do clima, como as oscilações oceânicas e solares, explicam com muito mais precisão as variações observadas.

Molion também alerta para o que chama de “catastrofismo climático” — um exagero midiático e político das consequências do aquecimento global, que segundo ele serve a interesses geopolíticos e econômicos.


O CO₂ e o “Efeito Estufa”: Fatos e Interrogações

Uma das principais premissas da teoria do aquecimento global antropogênico é que o CO₂ liberado pelas atividades humanas, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, contribui para a intensificação do efeito estufa, levando ao aquecimento da atmosfera terrestre. Contudo, esse conceito é frequentemente mal compreendido ou apresentado de forma simplificada demais.

Os críticos, como Felício e Molion, apontam que:

  1. O CO₂ é um gás traço na atmosfera – Atualmente, o dióxido de carbono representa cerca de 0,04% da atmosfera terrestre. Segundo os dissidentes, é cientificamente questionável atribuir um papel tão dominante no aquecimento da Terra a uma substância presente em quantidade tão pequena.
  2. Correlação não é causalidade – Gráficos utilizados por defensores do AGA mostram aumento do CO₂ paralelo ao aumento das temperaturas. Contudo, os críticos argumentam que esses gráficos ignoram períodos históricos em que o clima mudou sem alteração nos níveis de CO₂ ou em que o aumento da temperatura precedeu o aumento do CO₂, como registrado em núcleos de gelo da Antártida.
  3. O efeito do CO₂ no aquecimento é logaritmo decrescente – De acordo com a física atmosférica, o efeito do CO₂ na retenção de calor diminui com o aumento da sua concentração. Ou seja, os primeiros 100 ppm têm impacto significativo, mas acréscimos posteriores têm impacto muito menor.
  4. Não há consenso científico sólido – A ideia de que “97% dos cientistas concordam com o aquecimento global causado pelo homem” foi desmascarada por diversas análises. O estudo de onde esse número surgiu (Cook et al., 2013) foi criticado por distorcer dados e suprimir opiniões divergentes.

Cientistas Internacionais que Também Contestam a Narrativa

Diversos cientistas renomados ao redor do mundo compartilham do ceticismo de Felício e Molion. A seguir, alguns dos mais notórios:

Richard Lindzen

Físico atmosférico do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Richard Lindzen é um dos mais conhecidos críticos da teoria do aquecimento global antropogênico. Em diversas publicações científicas e testemunhos no Congresso dos EUA, ele argumentou que o modelo climático utilizado pelo IPCC superestima a sensibilidade do clima ao CO₂.

Lindzen chegou a afirmar que “tratar o CO₂ como poluente é ridículo” e que a narrativa sobre o clima tem se tornado um “movimento religioso, e não científico”.

John Christy

Professor da Universidade do Alabama em Huntsville, Christy é especialista em medições de temperatura por satélite. Suas pesquisas mostram que os modelos climáticos usados para prever o aquecimento futuro exageram sistematicamente os aumentos de temperatura em comparação com os dados reais.

Christy também atuou como cientista sênior no IPCC, mas deixou a organização após discordar da maneira como os dados eram utilizados para sustentar conclusões alarmistas.

Patrick Michaels

Ex-diretor do Center for the Study of Science do Cato Institute e climatologista, Michaels foi um dos mais vocais oponentes das políticas climáticas baseadas na redução de emissões de CO₂. Para ele, o alarmismo climático é baseado em previsões falhas e cenários exagerados.

Michaels afirmava que a ciência climática tornou-se “politizada”, e que a agenda ambiental global tem sido usada para justificar intervenções econômicas em larga escala.

Freeman Dyson

Físico teórico e ex-professor de Princeton, Dyson era cético em relação à precisão dos modelos climáticos e às políticas ambientais que visavam reduzir o CO₂. Ele defendia que o dióxido de carbono, além de não ser um poluente, era benéfico para a vegetação e, portanto, para a vida na Terra.


O Papel do Sol e dos Oceanos

Outra crítica importante ao AGA é a negligência do papel do Sol e das oscilações oceânicas na regulação do clima. Cientistas como Molion destacam que ciclos como a Oscilação Decadal do Pacífico (PDO) e a Oscilação Multidecadal do Atlântico (AMO) influenciam fortemente as temperaturas globais e padrões de chuva.

Da mesma forma, a atividade solar — medida por manchas solares, radiação ultravioleta e vento solar — tem variações cíclicas que coincidem com períodos de aquecimento e resfriamento global, como o Mínimo de Maunder (período frio entre 1645–1715) e o Período Quente Medieval (950–1250).


A Geopolítica do Clima

Ricardo Felício frequentemente denuncia o uso político do discurso climático como forma de dominação geopolítica. Segundo ele, grandes potências e organismos internacionais usam o ambientalismo como ferramenta para impor restrições ao desenvolvimento industrial de países emergentes como o Brasil.

As exigências de descarbonização, por exemplo, afetam principalmente países em desenvolvimento, que dependem de energia barata para crescer economicamente. Ao mesmo tempo, nações desenvolvidas mantêm seus interesses estratégicos e industriais preservados.

Além disso, a chamada “economia verde” abriu espaço para um mercado trilionário de créditos de carbono, financiamento de energias renováveis e subsídios internacionais — o que alimenta uma verdadeira “indústria do clima”, com interesses corporativos, políticos e ideológicos.


Conclusão

O debate climático está longe de ser consensual. Cientistas como Ricardo Felício e Luiz Carlos Molion no Brasil, e nomes como Richard Lindzen, John Christy, Patrick Michaels e Freeman Dyson internacionalmente, têm desempenhado papel fundamental ao questionar a narrativa hegemônica sobre o aquecimento global.

O ponto central não é negar que o clima mude — pois ele sempre mudou ao longo da história da Terra —, mas sim debater a real magnitude da influência humana nesse processo e, principalmente, as consequências políticas, econômicas e sociais de tomar decisões baseadas em modelos e previsões que carecem de comprovação empírica sólida.

A ciência, por definição, deve ser cética, aberta ao debate e ao questionamento constante. A tentativa de silenciar vozes divergentes ou rotulá-las como “negacionistas” representa um grave retrocesso ao próprio método científico.

Portanto, é essencial que o público tenha acesso às diversas perspectivas sobre o clima para que decisões importantes não sejam tomadas com base em dogmas, mas sim em evidências.


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